domingo, 22 de julho de 2012

Grau I - Instrução Mágica da Alma



Introspecção ou Auto‑Conhecimento


Em nossa casa, assim como em nosso corpo e nossa alma, precisamos sempre saber o que fazer a como fazê‑lo. Por isso nossa primeira tarefa é conhecermos a nós mesmos. Todo sistema iniciático, de qualquer tipo, sempre impõe essa condição. Sem o auto‑conhecimento não existe uma escalada verdadeira.

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Nos primeiros dias da instrução da alma pretendemos ocuparmos com a parte prática da introspecção, ou auto‑conhecimento. Adote um diário mágico e tome nota de todas as facetas negativas de sua alma. Esse diário deve ser de seu use exclusivo a não deve ser mostrado a ninguém; é um assim chamado livro de controle, só seu. No autocontrole de seus defeitos, hábitos, paixões, impulsos a outros traços desagradáveis de caráter, você deve ser rígido e duro consigo mesmo. Não seja condescendente consigo próprio, não tente embelezar nenhum de seus defeitos a deficiências. Me­dite a reflita sobre si mesmo, desloque‑se a diversas situações do passado para lembrar como você se comportou aqui ou ali, quais os defeitos a deficiências que surgiram nessa ou naquela situação. Tome nota de todas as suas fraquezas, nas suas nuances a variações mais sutis. Quanto mais você descobrir, tanto melhor. Nada deve permanecer oculto ou velado, quer sejam defeitos e fraquezas mais evidentes ou mais sutis. Aprendizes especialmente dotados conseguiam descobrir centenas de defeitos nos matizes mais tênues; dispunham de uma boa capacidade de meditação a de penetração profunda na própria alma. Lave a sua alma até que se purifique, dê uma boa varrida em todo o sua lixo.

Essa auto-análise é um dos trabalhos mágicos prévios mais importantes. Muitos sistemas ocultos negligenciam‑no, e por isso também têm pouco sucesso. Esse trabalho prévio na alma é a coisa mais importante para o equilíbrio mágico, pois sem ele não há possibilidade de uma escalada regular nessa evolução. Devemos dedicar alguns minutos de nosso tempo, na parte da manhã a também à noitinha, ao exercício de nossa autocrítica. Dedique‑lhe também alguns instantes livres de seu dia; use esse tempo para refletir intensamente se ainda há alguns defeitos escondidos, a ao descobri‑los coloque‑os imediatamente no papel, para que nenhum deles fique esquecido. Sempre que topar com algum defeito, "Não hesite, anote‑o imediatamente!"

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Caso você não consiga descobrir todos os seus defeitos em uma semana, prossiga por mais uma semana com essas pesquisas até que o seu assim chamado "registro de pecados" esteja definitivamente esquematizado. Depois de conseguir isso em uma ou duas semanas passe para o exercício seguinte. Através de uma reflexão precisa, tente atribuir cada um dos defeitos a um dos quatro elementos. Arranje uma rubrica, em seu diário, para cada um dos elementos, a anote abaixo dela os defeitos correspondentes. Coloque aqueles defeitos sobre os quais você tiver alguma dúvida, sob a rubrica "indiferente". No decorrer do trabalho de desenvolvimento, você terá condições de determinar o elemento correspondente a cada um de seus defeitos.

Assim por exemplo, você atribuirá ao elemento fogo os seguintes defeitos: irritação, ódio, ciúme, vingança, ira. Ao elemento ar atribuirá a leviandade, a fanfarronice, a supervalorização do ego, a bisbilhotice, o esbanjamento; ao elemento água, a indiferença, o fleumatismo, a frieza de sentimentos, a transigência, a negligência, a timidez, a teimosia, a inconstância. Ao elemento terra atribuirá a susceptibilidade, a preguiça, a falta de consciência, a lentidão, a melancolia, a falta de regularidade.

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Na semana seguinte, reflita sobre cada uma das rubricas e divida‑a em três grupos. No primeiro grupo coloque os defeitos mais evidentes, que o influenciam com mais força, a que surgem já na primeira oportunidade, ou ao menor estímulo. No segundo grupo coloque aqueles defeitos que surgem mais raramente a com menos força. E no terceiro, na última coluna, coloque finalmente aqueles defeitos que chegam à expressão só de vez em quando e em menor escala. Isso deve ser feito desse modo também com todas as outras rubricas de elementos, inclusive com os defeitos indiferentes. Trabalhe sempre escrupulosamente, a você verá que vale a pena!

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É exatamente desse modo que devemos proceder com as características boas de nossa alma. Elas também deverão ser classificadas sob as respectivas rubricas dos elementos; a não esqueça das três colunas. Assim, por exemplo, você atribuirá ao elemento fogo a atividade, o entusiasmo, a determinação, a ousadia, a coragem. Ao elemento ar atribuirá o esforço, a alegria, a agilidade, a bondade, o prazer, o otimismo, a ao elemento água a sensatez, a sobriedade, o fervor, a compaixão, a serenidade, o perdão, a ternura. Finalmente, ao elemento terra atribuirá a atenção, a perseverança, a escrupulosidade, a sistematização, a sobriedade, a pontualidade, o senso de responsabilidade.

Através desse trabalho você obterá dois espelhos astrais da alma, um negro com as características anímicas ruins, a um branco com os traços bons a nobres do seu caráter. Esses dois espelhos mágicos devem ser considerados dois autênticos espelhos ocultos, e afora o seu proprietário, ninguém tem o direito de olhar para eles. Devemos observar mais uma vez que o seu proprietário deve estar motivado a trabalhar de modo preciso a consciencioso no seu espelho mágico verdadeiro. Caso lhe ocorra, ao longo de seu trabalho de evolução, mais uma ou outra característica boa ou ruim, ele ainda poderá incluí‑la sob a rubrica correspondente. Esses dois espelhos mágicos dão ao mago a possibilidade de reconhecer, com bastante precisão, qual dos elementos é o predominante em seu caso, no espelho branco ou no negro. Esse reconhecimento é necessário para se alcançar o equilíbrio mágico, a mesmo a evolução posterior do aprendiz será sempre guiada por ele.

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