domingo, 15 de julho de 2012

O Comportamento do Guerreiro - Introdução ao Nietzschianismo

Durante muito tempo eu me questionei como seria o comportamento de um ser humano evoluído, de um mestre. Foram muitos anos perdido nas informações distorcidas e doentias de pessoas e livros que pouco sabiam de verdade.

Depois de conhecer Escolas de Ocultismo, pessoas em diversos momentos de suas trajetórias evolutivas percebi (e ainda estou percebendo e compreendendo a cada dia mais) o que aconteceu.

Poucos conseguem perceber o estrago que o Cristianismo fez em nossa sociedade. Ele se apossou de cada lacuna de nossa sociedade, inclusive das Escolas Esotéricas. 

Em primeiro lugar é fácil perceber a diferença entre àqueles que montam uma verdadeira instituição espiritual e àqueles que as mantém. Àquele que cria não tem medo em destruir tudo e começar de novo, de mudar os rumos por conta dos desígnios do Poder, ele não deixa a instituição cristalizar, está sempre criando rupturas. Já aqueles que mantém a instituição perdem as chaves e perdem o motivo para que tudo aquilo foi criado, transformam a instituição em algo cristalizado, instituido, que serve apenas para o engrandecimento da auto-importância de seus dirigentes.

Fora isso, percebi que as pessoas, sejam cristãos ou não, pensam e agem de forma cristã. O Cristianismo criou uma doença lastimável na sociedade, algo cruel e nojento que poucos percebem, mas que extingue o poder insondável do ser humano, que agora não passa de um miserável animal doméstico. 

Analisando o Cristianismo vemos que:

1) Herdamos uma dívida (Pecado Original) que foi paga por alguém (Morte de Jesus) e que portanto agora devemos nossa vida a ele, uma dívida que nunca poderemos pagar e que portanto sempre deveremos.

2) O livro sagrado muitas vezes incoerente não é passível de qualquer questionamento.

3) Institui-se uma relação entre Deus e humanidade de senhor e escravo. Existimos simplesmente para adorá-lo e suplicá-lo de joelhos o que não temos, esperando a sua misericórdia.

4) O instinto e a força, vontade humana foram calados. Deus pune qualquer manifestação de força e de instinto humano. Uma grande repressão sexual foi criada e hoje as pessoas se envergonham de seu corpo e de seus desejos. A agressividade e a ambição começaram a ser vistas de forma negativa. 

Desta forma o ser humano foi domesticado, foi transformado em um ser sem volição, sem desejos, sem força. A melhor maneira de se controlar uma população tão grandiosa é se internalizar a moral criada pelo grupo dominante para enclausurar os dominados.

Com o tempo percebi que aqueles que pelas ações, conquistas e luta eu admirava eram diferentes de muitos mestres que ouvi falar e conheci. Eles eram rebeldes, amorais, lutavam pelo que queriam, sinceros e sem tantas repressões. Claro, nenhum deles era perfeito, longe disso, afirmavam inclusive os seus defeitos, mas eram sinceros em suas lutas pela auto-superação.

Estes iniciados, magos, guerreiros, alquimistas têm uma característica em comum: fazem o Pramantha girar, ou seja, criam o novo, fazem o mundo crescer, se superar. Alguns nomes que me vêm à mente agora destas pessoas: meu benfeitor JLG, o seu benfeitor WCN, o professor Henrique José de Souza, Helena Petrovna Blavatsky, Carlos Castañeda, Osho, Franz Bardon, Visconde de Mauá, Hitler, Steve Jobs e muitos outros nomes, vindos do mundo do esoterismo ou não.

Estas pessoas são sobretudo guerreiras e donas de seus próprios mundos. Cada um está aqui para criar o seu mundo, mas para isso precisa forçar para abrir o seu campo e construir. Senão irá viver no mundo dos outros.

Sempre me foi dito que há duas posturas a serem adotadas: ou se é vítima ou predador. E o guerreiro procurará ser sempre o predador. Estamos em um mundo de guerra, de embate de forças e energias. O mundo é assim, o atrito é que causa o crescimento. Seja um combate com outro ser humano, seja um combate consigo mesmo ou com qualquer outra coisa. A superação é resultado das vitórias em combates. E os combates estão no dia-a-dia. E nosso maior inimigo somos nós mesmos. Como escreveu Nietzsche: "Da Escola de Guerra da Vida - o que não me mata torna-me mais forte".

A liberdade é algo doloroso para o ser humano vítima do cristianismo. Agimos sempre quando somos obrigados, precisamos de um senhor. Precisamos de alguém que nos mande. Seja nossos pais, professores, chefes, conjuges, líderes religiosos ou Deus. No caso de Deus ele está introjetado em nós e suas leis são cobradas por nossa culpa. Sem um chicote não produzimos, não crescemos, não nos esforçamos ao máximo.

Os Guerreiros são diferentes, eles mesmos se cobram, eles mesmos se forçam, se superam por seus próprios esforços. Eles procuram ir ao encontro de seus limites e espandi-los. Isso é o desenvolvimento espiritual que todos querem, mas pouquíssimos correm realmente atrás. O que determina o comportamento deles é o que querem e não uma moral dada, são amorais. Fazem o que querem e não o que "é certo". Agem sabendo a consequência de seus atos e por isso evitam coisas que podem atrapalhar mais do que ajudar. Pesam ganhos e perdas em cada investida. Assumem tanto as vitórias quanto as derrotas.

Nietzsche chamou estas duas posturas de tipo Nobre e tipo Escravo. Irei escrever alguns textos sobre a filosofia de Nietzsche que ajudarão a vocês e a mim mesmo refletir sobre o comportamento do Guerreiro. Nos meus estudos considero a filosofia de Nietzsche e na obra de Carlos Castañeda as melhores fontes deste estilo de vida.

Intento,

Reflexões feitas com a grande ajuda do meu benfeitor JLG

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